sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

PALAFITA NAVEGUEIRA

Um dia voltamos ao bar. Patrícia estava grávida. esperávamos nossa filha. Vi, no chão de madeira, um bailado de luz. olhei para cima e vi umas exuberantes palhas de coqueiro balançadas pelo vento leve.
O vento, o sol e palhas de coqueiro como que acenavam atrás de nós para a chegada de marina, que logo se daria...
Já em casa, escrevi Tripulante, dando-lhe as boas vindas:

TRIPULANTE

Vem tripulante, vem navegar
Todos os mares morados em nós
Vem
navegante, vem tripular
Todas as nuvens colhidas por nós

Vem ser brincante,
Ser palhaço, ser gigante
Ser teu passo, tua ponte,
Artesã de lua e céu
Vem ser poeta,
Ser teu alvo, tua seta,
Cantarolar minha festa
Rimas ricas de cordel

Serás balanço,
Leve sopro no caniço
Ao pouso do passarinhar,
Frondas de ninhos
Enxurrados de poesia
Tua canção de ninar

Vem viajante, vem ladrilhar
Ruas com o brilho do teu olhar
Vem tripulante
Ao cais na manhã
Ao aconchego de almas irmãs

Vem ser pastora
De acordes de sanfona,
Pular corda, ser diana,
Cirandeira beira mar
Vem ser folia
reisadeira mamulenga,
Boneca, pano de chita,
Sinhaninha costurar

Coco de roda,
Chapeuzinho de vaqueiro,
Bandeirola, boi bumbá,
Renda de bilro, lagoa, siri, taboa,
Uma canoa a te esperar

Vem tripulante vem navegar
Todos os mares morados em nós...


Um comentário:

  1. PARABÉNS PELO BLOG. AGORA, MARINA PODERÁ SER NARRADA EM PROSA E VERSO,PARA DELEITE DOS AMIGOS E DESSE MUNDÃO INTERNÁUTICO, QUE SE ESTENDE POR MILHÕES E MILHÕES DE KBs...
    ABRAÇOS E BEIJOS MARINADOS...

    ResponderExcluir